terça-feira, 30 de junho de 2009

"Eu e as Mulheres"

Jon Kasdan, filho do experiente diretor Lawrence Kasdan (de “Corpos Ardentes” e “O Reencontro), estréia discretamente no cinema com um filme singelo e cativante. “Eu e as Mulheres” (In the Land of Women, 2007) pode parecer um tanto superficial num primeiro momento (até pelo título bobo em português), mas se revela uma grata surpresa ao longo de seus 97 minutos. Assinando também o roteiro do longa, Kasdan usa uma ótica realista e humana para contar uma história pouco original. “Eu e as Mulheres” é conduzido pela angústia que absorve os seus personagens, mesmo que o drama se contextualize sem um aprofundamento. O filme de Kasdan é despretensioso e sua direção não decepciona. O diretor acerta na dose de drama, romance e comédia, e assim evita lágrimas desnecessárias. “Eu e as Mulheres” faz você refletir sobre a condição humana e repensar seus conceitos acerca das coisas realmente importantes na vida. Adam Brody (mais conhecido como Seth Cohen de “The O.C”) inicia sua carreira cinematográfica no papel principal desta história. O ator comprova seu talento e desperta a simpatia do espectador com uma atuação sensível. Mas o destaque vai para Meg Ryan que consegue comover sem ser piegas, com um toque de delicadeza nas cenas mais dramáticas. Carter Webb (Adam Brody) é um jovem escritor frustrado. Ele tem o sonho de escrever um grande livro, mas leva a vida criando roteiros para filmes pornôs. Quando leva um fora de sua namorada, Sofia (Elena Anaya), uma atriz em ascensão, Carter, decide, então, passar uma temporada na casa de sua avó, Phyllis (Olympia Dukakis), que vive numa pacata cidade do subúrbio americano. O objetivo é se livrar da depressão que o fim do namoro trouxe e finalmente escrever o livro que deseja realizar há 11 anos. Chegando lá, o jovem conhece Sarah (Meg Ryan), uma típica dona-de-casa americana que descobre que está com um câncer de mama, e suas duas filhas: a rebelde Lucy (Kristen Stewart) e a precoce Paige (Mackenzie Vega). Estas três mulheres transformam a vida de Carter de uma maneira que ele jamais imaginara. Assim como o jovem escritor acaba influenciando também na conduta de cada uma delas. Uma lição de amadurecimento é processada por todos os personagens de diferentes formas, independente de sua idade. Todos nós temos sempre algo a aprender na vida. Carter se torna uma espécie de conselheiro para Sarah e Lucy, e até para a pequena Paige. O rapaz é obrigado a lidar com o universo feminino enquanto ele mesmo ainda se encontra confuso em relação aos seus sentimentos. Este encontro promete ajudar a consertar relações desajustadas, entender amores mal resolvidos e, inclusive, refletir sobre a morte e o propósito da vida. E no final estas experiências são fundamentais para que todos os personagens encontrem, cada um ao seu modo, a solução para seus conflitos existenciais. “Eu e as Mulheres” é uma viagem cheia de poesia sobre descobertas, frustrações e recomeços. Pode não ser um filme tão profundo, mas faz o espectador pensar em seus próprios erros e acertos na vida quando os créditos sobem.


Por Gabriel Von Borell



Ficha Técnica
Título Original: In the Land of the Women
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 97 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Estúdio: Land Films Inc. / Castle Rock Entertainment / Anonymous Content
Distribuição: Warner Bros. Pictures / Focus Filmes
Direção: Jon Kasdan
Roteiro: Jon Kasdan
Produção: Steve Golin e David Kanter
Música: Stephen Trask
Fotografia: Paul Cameron
Desenho de Produção: Sandy Cochrane
Direção de Arte: Margot Ready
Figurino: Trish Keating
Edição: Carol Littleton e Marty Levenstein


Elenco
Elena Anaya (Sofia Buñuel)
Adam Brody (Carter Webb)
Rob Reinis (Avi Rosenberg)
JoBeth Williams (Agnes Webb)
Makenzie Vega (Paige Hardwicke)
Kristen Stewart (Lucy Hardwicke)
Meg Ryan (Sarah Hardwicke)
Olympia Dukakis (Phyllis)
Dustin Milligan (Eric Watts)
Graham Wardle (Gabe Foley)
Elise Gatien (Tiffany)
Clark Gregg (Nelson Hardwicke)
Jeff Cunningham (Howard Portchnik)
Karin Konoval (Dra. Ida Rosen)
Ginnifer Goodwin (Janey)
Kelsey Keel (Adolescente)

terça-feira, 23 de junho de 2009

"Volver"


Pedro Almodóvar apresenta seu trabalho mais bairrista com “Volver” (Volver, 2006). Ainda bem que se trata de um diretor com talento suficiente para não fazer disto um problema e assim sua história pode emocionar os quatro cantos do mundo. Retornando às suas raízes com um filme essencialmente cômico, apesar de tocar em assuntos nada agradáveis como morte e incesto, Almodóvar disserta sobre o amor. Não o amor carnal, de casais e amantes. Mas daquele tipo que se estabelece nas relações de uma família. O amor familiar, que transcende o plano físico. “Volver” é um longa, como o título sugere, sobre a volta. Todos nós voltamos para algo em determinadas fases da vida. Voltar pode ser dolorido, pode ressuscitar mágoas, mas às vezes é tudo o que precisamos para seguir em frente. É o que se faz necessário para que feridas se fechem e um ciclo seja completado para que outro possa se iniciar. E para ilustrar estas “voltas”, Almodóvar se apodera do universo feminino. Escalando um elenco predominantemente de mulheres, a emoção se traduz com uma carga ainda mais forte. Em “Volver”, os personagens masculinos não passam de referências pontuais. O diretor volta a trabalhar com sua grande musa, Carmen Maura, que atuou em todos os filmes de Almodóvar na década de 80. A atriz retorna em grande estilo casando perfeitamente o tom entre a comédia e o drama. Penelope Cruz também está sublime e traz a melhor performance da sua carreira. Sua atuação em “Volver” rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz em 2007. A história centra-se nas vidas das protagonistas Raimunda (Penelope Cruz) e Soledad (Lola Dueñas). Duas irmãs que perderam seus pais durante um incêndio na antiga vila onde moravam. O que elas não sabem é que esta tragédia enterrou segredos inimagináveis. Hoje, Raimunda vive com o marido Paco (Antonio de la Torre) e sua filha Paula (Yohana Cobo). Já Soledad mantém um salão de beleza clandestino em seu próprio apartamento e vive solitária desde que seu marido fugiu com uma de suas clientes. Raimunda vive uma fase difícil, pois sustenta a casa sozinha já que seu marido é preguiçoso e está desempregado. Tudo se complica quando Paula acaba matando seu padrasto quando este, bêbado, tenta abusar sexualmente da menina. Para piorar, no momento em que Raimunda se vê às voltas com este pepino, Soledad liga para a irmã para avisar sobre o falecimento da querida tia Paula (Chus Lampreave). Tendo que resolver a situação de sua filha e do marido morto, Raimunda avisa que não poderá comparecer ao funeral. Então, Soledad viaja só até a aldeia em que a tia morava. Enquanto Raimunda busca meios de salvar Paula. Neste meio tempo, Raimunda é procurada pela vizinha da falecida, Agustina (Blanca Portillo). A moça está com um câncer terminal e deseja desesperadamente saber sobre o paradeiro de sua mãe, que sumiu logo depois do fatídico incêndio. Agustina acredita que Raimunda possa ajudá-la já que o fantasma de Irene (Carmen Maura), mãe de Raimunda e Soledad, cuidava da tia Paula. E se Irene fizesse uma aparição para Raimunda elas poderiam descobrir se a mãe de Agustina está viva ou não. Aliás, em “Volver” a temática fantasmal é a chave para a comédia. Raimunda não se mostra muito otimista com a proposta porque mãe e filha tiveram suas diferenças em vida e lidar com a memória de Irene significa lidar com memórias dolorosas. Porém, uma grande reviravolta está para acontecer na vida de Raimunda e Soledad, obrigando as duas irmãs a, finalmente, acertarem suas contas com o passado. É incrível como certos diretores conseguem imprimir sua marca em suas obras. Basta assistir “Volver” para perceber que aquele plano é de Almodóvar, que aquelas cores fortes e músicas intensas são do mestre espanhol. E também com “Volver”, você deixa de enxergar o aspecto sombrio da morte e abre os olhos para o encantamento presente no viver.


Por Gabriel Von Borell




Ficha Técnica
Título Original: Volver
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 121 minutos
Ano de Lançamento (Espanha): 2006
Site Oficial: www.sonyclassics.com/volver
Estúdio: Canal+ España / El Deseo S.A. / TVE / Ministerio de Cultura
Distribuição: Sony Pictures Classics / Fox Film do Brasil
Direção: Pedro Almodóvar
Roteiro: Pedro Almodóvar
Produção: Esther García
Música: Alberto Iglesias
Fotografia: José Luis Alcaine
Desenho de Produção: Salvador Parra
Figurino: Sabine Daigeler
Edição: José Salcedo
Efeitos Especiais: El Ranchito


Elenco
Penélope Cruz (Raimunda)
Carmen Maura (Avó Irene)
Lola Dueñas (Sole)
Blanca Portillo (Agustina)
Yohana Cobo (Paula)
Chus Lampreave (Tia Paula)
Antonio de la Torre (Paco)
Carlos Blanco (Emilio)
Maria Isabel Diaz (Regina)
Neus Sanz (Inês)
Carlos Garcia Cambero (Carlos)
Leandro Rivera (Auxiliar)
Yolanda Ramos (Apresentadora de TV)
Pilar Castro (Ajudante da apresentadora)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

"Neve Sobre Os Cedros"

Em “Neve Sobre Os Cedros” (Snow Falling On Cedars, 1999), o diretor Scott Hicks narra um período da história dos Estados Unidos que muitos americanos prefeririam esquecer. O filme é um retrato do preconceito étnico contra os nipo-americanos depois do ataque dos japoneses a Pearl Harbor. Hicks mostra como grandes injustiças podem ser cometidas por mera discriminação e julgamentos equivocados. Rico em detalhes, “Neve Sobre Os Cedros” é uma contundente metáfora para desconstruir o preconceito que existia na época. Uma história sobre superação de traumas, que muitas vezes são impostos a nós por pressões sociais. Para contar este complexo período, o diretor escalou um ótimo elenco. Destaque para a atriz japonesa Youki Kudoh. O longa apresenta os conflitos raciais desencadeados pela Segunda Guerra numa aldeia de pescadores da Costa da Califórnia. Paralelamente, “Neve Sobre Os Cedros” aproxima duas culturas através do amor proibido entre o personagem de Ethan Hawke e o de Youki Kudoh. Ishmael (Ethan Hawke) e Hatsue (Youki Kudoh) são cidadãos americanos que se conhecem desde crianças e se apaixonam perdidamente. O único problema é a origem nissei de Hatsue, que obriga os dois a manterem seu relacionamento em segredo, já que suas famílias jamais aceitariam o romance. Tudo se complica quando o Japão ataca a base de Pearl Harbor. Os nipo-americanos são enviados para campos de concentração pelo governo dos Estados Unidos. Assim, as chances do casal de permanecer junto são dizimadas em função dos conflitos inter-raciais que se estabelecem em território americano. Hatsue decide terminar tudo com Ishmael. Atordoado com a perda de seu grande amor, Ishmael é mandado para a guerra e perde seu braço durante um confronto. Ele passa a culpar, inconscientemente, Hatsue pela fatalidade e isto faz com que a lembrança da jovem sempre esteja presente em sua mente. Anos depois, os destinos deles se cruzam novamente quando o marido de Hatsue, Kazuo (Rick Yune), é acusado de assassinar seu melhor amigo de infância na época do aniversário do ataque a Pearl Harbor. O suposto assassinato acontece em circunstâncias misteriosas e a culpa recai sobre Kazuo. Alguns indícios apontam para o marido de Hatsue e a família da vítima quer sua condenação mesmo sem uma prova cabal do crime. Com uma fotografia belíssima, que rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Fotografia, e um tratamento de luzes maravilhoso, “Neve Sobre Os Cedros” transcorre no formato de flashbacks e vai esmiuçando seu enredo conforme os personagens vão sendo chamados a depor no julgamento. A cuidadosa e eficiente trilha sonora também ajuda a compor a trama. Sendo hoje um jornalista, Ishmael acaba investigando o caso e se envolvendo cada vez mais à medida que o julgamento vai ganhando seus contornos finais. O jornalista se encontra em meio a um grande dilema: ajudar àquela que lhe causou um imenso mal no passado e ainda por cima salvar o homem que está casado com sua amada. Superando todo o ressentimento que sente, Ishmael assume um papel determinante para o desenrolar dos fatos, num claro exemplo de profissional ético. A contribuição de Ishmael no tribunal prova o quanto uma determinada situação social pode causar danos e injustiças irreparáveis na vida das pessoas. Os preconceitos mascararam a realidade e ocultam a verdade que está diante de nossos olhos. “Neve Sobre Os Cedros” é, acima de tudo, uma trama sobre justiça. É uma amostra de que nem tudo é o que parece ser. Às vezes uma revelação pode mudar tudo.


Por Gabriel Von Borell



Ficha Técnica
Título Original: Snow Falling on Cedars
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 127 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1999
Site Oficial: www.snowfallingoncedars.com
Estúdio: Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures / UIP
Direção: Scott Hicks
Roteiro: Ronald Bass e Scott Hicks, baseado em livro de David Guterson
Produção: Ronald Bass, Kathleen Kennedy, Frank Marshall e Harry J. Ufland
Música: James Newton Howard
Direção de Fotografia: Robert Richardson
Desenho de Produção: Jeaninne Claudia Oppewall
Direção de Arte: William Arnold e Doug Byggdin
Figurino: Renee Ehrlich Kalfus
Edição: Hank Corwin
Efeitos Especiais: Industrial Light & Magic / Sony Pictures Imageworks

Elenco
Ethan Hawke (Ishmael Chambers)
James Cromwell (Juiz Fielding)
Richard Jenkins (Xerife Art Moran)
James Rebhorn (Alvin Hooks)
Sam Shepard (Arthur Chambers)
Zeljko Ivanek (Dr. Whitman)
Eric Thal (Carl Heine Jr.)
Max von Sydow (Nels Gudmundsson)
Youki Kudoh (Hatsue Miyamoto)
Rick Yune (Kazuo)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

"Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas"


Em “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas” (Big Fish, 2003), Tim Burton conta uma história fantástica cheia de encanto e magia que envolve o espectador. E dentro deste universo, o diretor dispõe de um espaço ilimitado para trabalhar toda a sua criatividade e imaginação. O clima do longa lembra a obra-prima “Edward: Mãos de Tesoura” (Edward Scissorhands, 1990), com sua estética sombria e colorida ao mesmo tempo. Não à toa a música tema do filme estrelado por Johnny Depp foi utilizada no trailler de “Peixe Grande”. O imaginário é o carro-chefe da história e conduz a trama até seu final. A saga de Edward Bloom, personagem principal do filme, é bonita e inspiradora. Burton consegue emocionar mesmo com seu estilo, no mínimo, pouco convencional. “Peixe Grande” é sentimental sem ser piegas, e, acima de tudo, uma fábula deliciosa e divertida. Cativante em muitos momentos. As situações bizarras apresentadas por Burton não caem no ridículo justamente por causa do tom exagerado que o diretor imprime ao seu filme, prova cabal do talento de Tim Burton. A escalação de Ewan McGregor e Albert Finney para interpretar Edward Bloom, em sua fase jovem e idosa respectivamente, foi muito feliz devido à semelhança entre os dois. Assim como Burtoin acertou na escolha de Alison Lohman e Jessica Lange para viver sua amada Sandra. As duas atrizes possuem traços bem parecidos. Estes pontos ajudam ainda mais a dar autenticidade à obra burtiana. A metáfora presente no título do filme reside na magnitude dos feitos de seu protagonista. Um peixe grande não pode ser posto num aquário pequeno demais. Ele precisa de espaço, de sair para explorar o mundo. Se guardado num aquário pequeno o peixe permanece pequeno, mas quando não existem barreiras ele cresce. Edward Bloom é como o peixe, alguém que precisa de mobilidade. Existe uma necessidade inata de conhecer as coisas, de sair para o mundo. Conhecemos a vida deste contador de histórias através de flashbacks. Edward Bloom (Albert Finney) tem o dom de cativar as pessoas com suas histórias criativas e mágicas, que mais parecem terem sido retiradas de um livro infantil. De tão surreais, os seus causos levantam suspeitas quanto à veracidade dos fatos. Mas a ninguém isto parece incomodar, e assim Edward Bloom conquista a simpatia de todos por onde passa. Porém, toda esta imaginação cria mágoas profundas numa das pessoas mais importantes de sua vida: seu filho Will (Billy Crudup). A objetividade jornalística de Will o impede de aceitar as histórias do pai, que jura de pés juntos que tudo realmente aconteceu. E conforme o tempo passa mais vai crescendo um abismo na relação dos dois. Will não entende o comportamento de Edward e alega que é impossível conhecer verdadeiramente seu pai diante de tanta fantasia. O jovem sente como se tivesse sido enganado durante sua vida inteira. Porém, quando Edward fica muito doente surge a oportunidade de apaziguar este relacionamento conturbado de pai e filho. A mãe de Will, Sandra (Jessica Lange), liga para o filho para avisar que Edward está no hospital. E então Will e sua esposa grávida, Josephine (Marion Cotillard), partem para a casa dos pais dele. Ao longo da projeção de “Peixe Grande” é contada todas as situações fabulosas vividas por um Edward jovem (Ewan McGregor). Aliás, Ewan McGregor encontra o tom certo para o personagem e assim as histórias incríveis idealizadas por Burton funcionam na tela. Ewan nos apresenta o universo onírico engendrado por Edward, com direito a pântanos, bruxarias, circos, assaltos, guerras etc. De volta ao convívio com seu pai, Will aos poucos começa a perceber que o julgara errado. Talvez suas histórias realmente tenham um fundo de verdade e representem a identidade de Edward. Agora com um olhar mais atento para o pai, Will é transformado pela aproximação com ele. A ponto de ser o condutor do destino final desta fábula, criando seu próprio desfecho fantástico para a morte de Edward. Assim como teria sido toda a trajetória de seu pai. Edward Bloom procurava levar a vida de maneira mais divertida e agradável. O cotidiano muitas vezes é sem graça e podemos encontrar a magia que está ao redor de nossa existência, basta querer enxergar.


Por Gabriel Von Borell





Ficha Técnica
Título Original: Big Fish
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 125 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2003
Site Oficial: www.sonypictures.com/movies/bigfish/index.html
Estúdio: Columbia Pictures Corporation / The Zanuck Company / Jinks/Cohen Company
Distribuição: Columbia Pictures / Sony Pictures Entertainment
Direção: Tim Burton
Roteiro: John August, baseado em livro de Daniel Wallace
Produção: Bruce Cohen e Dan Jinks
Música: Danny Elfman
Fotografia: Philippe Rousselot
Desenho de Produção: Dennis Gassner
Direção de Arte: Roy Barnes, Robert Fechtman, Jack Johnston e Richard L. Johnston
Figurino: Colleen Atwood
Edição: Chis Lebenzon
Efeitos Especiais: Sony Pictures Imageworks / Stan Winston Studio / The Moving Picture Company


Elenco
Albert Finney (Ed Bloom)
Ewan McGregor (Ed Bloom - jovem)
Billy Crudup (Will Bloom)
Jessica Lange (Sandra Bloom)
Alison Lohman (Sandra Bloom - jovem)
Helena Bonham Carter (Jenny / Bruxa)
Robert Guillaume (Dr. Bennett)
Marion Cotillard (Josephine)
Matthew McGrory (Karl)
David Denman (Don Price - 18 aos 22 anos)
Missi Pyle (Mildred)
Loudon Wainwright III (Beamen)
Ada Tai (Ping)
Arlene Tai (Jing)
Steve Buscemi (Norther Winslow)
Danny DeVito (Amos Calloway)
Deep Roy (Sr. Soggybottom)
Perry Walston (Ed Bloom - 10 anos)
Hailey Anne Nelson (Jenny - 8 anos)
Grayson Stone (Will Bloom - 6 aos 8 anos)